Xadrez nosso de cada dia.

O frio tá chegando, você pequena dyke com várias camisas de flanela lindas esperando para serem usadas e a realidade: MELHOR NÃO…
Não estou aqui lutando à favor de uma segmentação da indumentária,  do direito inalienável da identidade lésbica pautada na vestimenta, mas preciso fazer um desabafo em forma de pergunta.

O que diabos aconteceu que 90% da população de BH resolveu, de um dia pro outro, eleger a camisa xadrez como o hit da balada?

Uma amiga comentou outro dia que tinha tanta gente de xadrez na boate que se ela fosse a dj começaria a tocar músicas de Festa Junina, tsc. E o pior, tem gente desconfigurando o uso conceitual do xadrez. O xadrez dos kilts irlandeses definia as famílias, a flanela lumberjack, o lenhador americano, protegia do frio e depois foi incorporada pelo movimento Grunge. As dykes vieram na esteira do movimento usando a camisa xadrez como peça básica do guarda-roupa, porque é básico, viril e acima de tudo confortável. rs

Daí você anda na rua e vê o horror, o horror!

Dá ou não dá vontade de pegar de porrada quem usa uma roupa dessas? Isso é um crime, um desrespeito! rs
Confesso, eu tenho preconceito com pessoas que usam esse tipo de roupa. Camisa xadrez com babado, na minha opinião, é o equivalente ao abadá fluorescente usado nessas “reuniões” de axé, é o sertanejo universitário e vesgo.

O xadrez é a lingerie das lésbicas, e eu fico puta quando vejo um desrespeito desses. Proponho tratarmos com ignorância e violência esse tipo de conduta. É preciso uma posição totalitária e sufocadora pra esse movimento nefasto. Vou montar um grupo de dykes enfurecidas, armadas com tacos de beisebol, pra dar cabo de gente que desrespeita o xadrez. hahaha

Brincadeiras a parte… (ou não, rs) eu estou realmente chateada com esse boom xadrez que tomou conta de BH. Minhas camisas vão ficar com o uso suspenso até essa negada achar outra modinha.

pfff

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14 Respostas to “Xadrez nosso de cada dia.”

  1. Lelinha Says:

    Essa moda da camisa xadrez não ocorre apenas em BH. Sofro em te informar que em Fortaleza ocorre o mesmo, estamos na mesma situação. Fui ao shopping semana passada e foi só o que vi. Rs! Agora é esperar a moda passar.

  2. Ana Karina Says:

    kkkkkkkkkkkkkk
    Tem coisas que só a Bárbara faz por vc.

  3. enne Says:

    fashion quadrilha…aí meu xadrez como podem fazer isso com vc !!!! Bárbara vamos queimar estas coisas horrorentas!!!

  4. Isabela Says:

    Antes fosse só em BH,antes fosse…

    Aqui no RJ tambem tem muita menina usando…
    Outro dia tava mexendo no armario de uma amiga hetero e gritei:
    -PQ VC TEM TANTA CAMISA DE LESBICA?! rs

    Sem contar as heteros do curso que tambem usam, ando mto put* da vida com isso tbm! hahaha

  5. Adrina Says:

    Hétero também gosta de xadrez, mas tudo tem limite. Em memória ao meu passado grunge (você provavelmente nem era nascida em 1994, ou usava fraldas, rs) e às minhas camisas de flanela, eu não uso mais xadrez enquanto essa padronagem sagrada estiver sendo usada com cinto por cima e short como forro do bolso de fora. Morri de desgosto.

  6. Bárbara Deister Says:

    Não estou dizendo que o xadrez pertence às lésbicas ok galera? Usa quem gosta. O que me incomoda é ele ter sido cooptado pela modinha. Pelo uso original do xadrez, camisas de flanela grunge! morte ao uso fashionista de babados e decotes que estão vendendo por aí. humpf

  7. Bianca Says:

    Concordo totalmente. Sinto-me aderindo à cultura de massa ao vestir uma indispensável camisa xadrez. O pior é que BH nem deixa muitas opções com esse calor todo… O jeito é ficar só na regata mesmo rsrs

  8. Sofia Says:

    Ih, fudeu! Gostei de duas das camisas postadas, as mais babadeiras!

    Olha, no nordeste, o xadrez pegou mesmo, até porque por essas bandas tem toda uma tradição forrozeira, sabe como é… Na verdade, é uma merda usar xadrez por aqui, ainda mais nessa época, sempre relacionam com o São João e nunca com a moda. Uó!

  9. Rebeca Buarque Says:

    Babados não, pelo amor…
    O xadrez é lindo e eu gosto muito de usar, mas do jeito padrão mesmo!

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